terça-feira, 26 de janeiro de 2010

MINHA PRIMEIRA VISITA AO INPE

Minha visita ao INPE, em São José dos Campos, foi uma experiência fantástica, especialmente por ter encontrado ali um ambiente onde as pessoas, realmente, fazem a diferença. E vi, em cada um que tive a oportunidade de conversar, o orgulho de estar participando de um projeto grandioso para o Brasil. Quem me recebeu, na primeira visita, e dedicou várias horas a me apresentar o Laboratório de Integração e Testes foi o Pesquisador GEILSON LOUREIRO, capixaba radicado em São José dos Campos e uma das pessoas responsáveis pelo que é hoje este magnífico Laboratório.

No Laboratório de Integração e Testes (LIT), os Satélites são montados, integrados e testados e alí também são desenvolvidas todas as atividades necessárias de qualificação de componentes e sistemas espaciais. O LIT dispõe de moderníssimos laboratórios de ensaios nas áreas de eletricidade, pressão, temperatura, vibro-acústica, antenas, vibração e choque, interferência / compatibilidade eletromegnética, Tempo e Frequência e Dimensional, todos credenciados pelo INMETRO segundo a Norma ISO IEC 17.025, o que o coloca como laboratório de referência nacional. Não é por acaso que o LIT já atendeu a mais de 1.000 empresas na qualificação de produtos e componentes. Isto mesmo, para não manter toda aquela estrutura apenas para ensaiar satélites, a turma trabalha pesado (3 turnos, dá para imaginar?) para qualificar a indústria nacional em todos os campos e, por consequência, levando à sociedade os benefícios de toda esta tecnologia, por agregar valor a cada produto adquirido.

Tive a oportunidade de ver de pertinho partes do Satélite CBERS-3, que está sendo construído em parceria com a China e que está em fase de qualificação para ser lançado ao espaço em 2011. O satélite CBERS-3 estava sendo preparado para testes na mais avançada câmara de simulação do ambiente espacial do Hemisfério Sul. Este foi o primeiro ensaio realizado nesta nova câmara, que tem cerca de 150 toneladas, com dimensões externas de 8 metros de largura, 10 metros de comprimento e 9,5 metros de altura, com volume interno total de 485 m3. Nesta câmara é possível simular as temperaturas extremas que o satélite enfrentará no espaço, averiguando-se assim o funcionamento de seus vários subsistemas e uma possível degradação de materiais, quando estiver, de fato, em órbita.




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